quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O tempo é agora!

"A melhor hora de plantar uma árvore foi há 10 anos, o segundo melhor momento é agora!"

Literal e subjetivo...

IAÔ!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Alimentação sem carne



Opções não faltam...

Cadeia energética

Para o bem do Planeta, coma menos carne! Principalmente a bovina!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Escutatória

"Quando não se tem nada bom a dizer, é melhor ficar calado!"
Walter Silva - meu pai

Uma carroça vazia é muito mais barulhenta do que uma cheia.

Devido à falta de tempo, transcrevo um e-mail muito interessante que recebi de uma amiga alguns dias atrás.

Vezes se passaram com vontade de transmitir certas palavras, contudo os afazeres diários e inesperados impediram até então.

Segue o texto>

Escutatória
Rubem Alves
 
Sempre vejo anunciados cursos de oratória.
Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar,
ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória,
mas acho que ninguém vai se matricular...
 
Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".
 
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça,
sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
 
Parafraseio o Alberto Caeiro:
"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito;
é preciso também que haja silêncio dentro da alma".
 
Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer,
que é muito melhor...
 
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade:
no fundo, somos os mais bonitos...
 
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pelo golpe de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios:
reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo, silêncio.
(Os pianistas, antes de iniciar o concerto,
diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio.
Expulsando todas as idéias estranhas.).
 
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
 
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos,
pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos.
É preciso tempo para entender o que o outro falou.
 
Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado".
 
Segunda: "Ouvi o que você falou.
Mas isso que você falou como novidade
eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".
 
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo.
O que é pior que uma bofetada.
 
O longo silêncio quer dizer:
"Estou ponderando cuidadosamente
tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião. 
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro,
a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
 
Eu comecei a ouvir.
 
Fernando Pessoa conhecia a experiência,
e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.
 
A música acontece no silêncio.
A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada.
Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia,
ouvimos a melodia que não havia,
que de tão linda nos faz chorar.
 
Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros:
a beleza mora lá também.
 
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto...


domingo, 2 de novembro de 2008

Pelo Sinal da SANTA CRUZ



Em nome do Pai do Filho do Espírito Santo AMÉM!

Rogativo, ritual ou meras palavras?
Palavras repetidas inúmeras vezes todos os dias, mas poucos atentam para o Verdadeiro Valor de sua invocação.

Quando criança, fui ensinado por mamãe que toda a vez que eu fazia o Sinal da Cruz pensando em Deus, eu era abençoado por Ele.
Resultado: passei mais de semana dormindo fazendo Sinal da Cruz até cansar, um atrás do outro... O que importava era conseguir mais bênçãos possíveis.

Deixando um pouco a perspectiva afobada de menino, minha mãe estava completamente cheia de razão (apesar de não ter certeza se ela tinha plena realização sobre isso).

Em resumo, o ato de fazer o Sinal da Cruz -SdC é uma demonstração de Fé em Cristo, de Sua Libertação e Proteção. Ele é feito basicamente tocando-se a testa (ou 'terceiro olho') repetindo 'Em nome do Pai', toca-se o ponto referente ao chakra sexual (Chakra base ou raiz) repetindo 'Em nome do Filho', toca-se o ombro do lado oposto do braço que se faz o gesto repetindo 'Em nome do Espírito' e o outro ombro repetindo 'Santo'. Finalmente se conclui com a palavra 'Amém', onde cada um tem seu jeitinho especial de finalizar, beijando a mão, levando-a ao coração, aos céus ou juntando suas palmas...

O motivo principal que me levou a essa postagem é a forma como a maioria faz tal gesto altamente espiritualizado. Por ser tão simples, e tão repetido, acabou-se banalizando tão nobre gesto.

Muitos nem pensam ao fazer o SdC qual significado o envolve. É repetido como algo aceitável, algo de bem visto à sociedade... Como na figura acima, muitos fazem o SdC como um "X", o que o descaracteriza em sua essência. O lugar correto de tocar ao repetir 'Em nome do Filho' é o chakra sexual (não a genitália em si, mas bem próximo).

A pressa em fazer SdC, muitas vezes 3 vezes seguidas da forma mais acelerada possível parecendo que vai 'tirar o pai da forca' (demonstrando alta superstição), leva ao erro (comum e aceitável) de tocar o coração ou até acima deste quando se diz 'Em nome do Filho'. O que claramente pode ser descrito como um "+" (sinal mais), uma espada (ou cruz de cabeça pra baixo), ou até mesmo um "Y" de cabeça pra baixo. O que faz de tal ato qualquer coisa, menos um Sinal de uma Cruz.



Como na figura ao lado, deve-se ter cuidado de manter a forma de uma Cruz quando se pede uma bênção crística através do SdC.

Deve-se ter calma em tal ato, pois a pressa é demonstração da falta de valorização do gesto.

E, principalmente, deve-se saber que Cristo abençoa sim àqueles que o fazem com o pensamento em Oração.
Ai daquele que não acreditar que o Espírito Santo tem poder de descer em todos aqueles que pedirem sua ajuda..
É só pedir que ELE vem.

Uma boa invocação, simples e muito eficaz, é:
Vinde Espírito Santo, nossas almas iluminar, para que possamos..... ter fé/ ter humildade/ superar tal turbulência, etc.

É impossível descrever a complexidade do gesto e de tal diferença com total clareza. Mas, aqueles que acreditarem e experimentarem, certamente notarão alguma diferença!

Um ponto interessante: Quando pesquisava as duas figuras postadas, aprendi um pouco mais do SdC, especificamente sobre o SdC dos Cristãos Ortodoxos. Eles tem uma peculiaridade de juntar o indicador, o polegar e o dedo médio para tocar os pontos durante o SdC, simbolizando o Pai, o Filho e o Espírito Santo; sendo que o anelar e o mínimo se juntam à palma da mão, simbolizado a dupla personalidade de Jesus, humano e divino.
Tentei praticar tal gesto por alguns dias em minhas orações, mas ainda não me sinto tão confortável. Eu, como Cristão Ocidental, não fui acostumado a tal ato. Não sei ainda se não me identifico com tal simbologia por não estar acostumado, ou simplesmente por não ser meu caminho...

Peço ao Pai que nos abençoe com a Ordem da Mãe Divina!

Em nome do Pai......,
Do Filho......,
Do Espírito....
Santo....,
AMÉM!