sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sobre as drogas

Como uma banheira que foi enchida com um copo de água por cada usuário. Nessa banheira encontra-se um bebê. Quem afogou esse bebê? A fonte de água ou os copos derramados? O último copo ou o primeiro? Certamente foram todos! Os copos nada fariam sem a fonte. A fonte nada faria de ruim sem os copos dos usuários.

Nesse exemplo, nós todos somos os usuários. Temos o copo na mão e fazemos com ele o que quisermos. A banheira é a sociedade, o planeta, nossa casa. O bebê é nosso futuro, nossos filhos e netos. Podemos usar a fonte para saciar nossa sede, ou para assasinar nosso bebê. Podemos usar para regar a flora ou para encher a banheira.

Talvez seja um exemplo um tanto quanto tosco; contudo, assim é a regra de todo consumo consciente. Especificamente nesse caso sobre as drogas. De onde vem o dinheiro do traficante? De onde vem a tentação de vender drogas? Vem do dinheiro entregue pelos usuários. Muitos deles com a desculpa esfarrapada que mesmo sem a pequena parcela que são responsáveis a bagunça já estava e continuará armada na sociedade.

Trabalhar como um beija-flor tem disso. Cada um preocupado com a sua parte. De pouco em pouco, todos são responsáveis por tudo. Todos somos um. Se a vida é ruim, é nossa culpa. Se a vida poderia ser melhor, é tão somente nossa culpa.

Então, mesmo fazendo nossa parte adequadamente, também somos responsáveis pela parte alheia, já que, na verdade pura, somos todos um!

Muitos são os males que atingem nossa matéria, tão traiçoeira e perigosa.
E muitos são os sinais de tantos males em nossa sociedade.
A droga é um sinal claro da distância que nos encontramos do retorno ao nosso Início.
O Início é o fim da jornada!

O dia que parei com qualquer uso de droga será guardado eternamente em minha memória.
Em uma sessão ayahuasqueira, recebi um banho celestial gelado e nunca mais precisei deixar minha consciência adormecida para me sentir feliz! A Essência Divina veio e habitou meu ser, para nunca mais deixar.

Claro que ainda estou tão longe da Verdadeira Essência como estamos tão longe de abandonar o consumo de petróleo. Contudo, a percepção da beleza divina mudara o resto de minha vida e nunca mais precisei pitar canabis ou consumir álcool para me sentir feliz.

"Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é a nuvem que passa
E a cerveja é a espuma do mar"

É um assunto tão amplo, tão complexo...
Findaria o dia e não chegaria ao fim.
Assunto esse que chega a umedecer meus olhos, confesso.
Tantos males, tanta tristeza, tanto sofrimento... Quão pobre é nossa sociedade de espírito! Óh Deus, olhe por nós! Abra os nossos olhos para que saibamos onde se encontra o verdadeiro ouro! Aquele que não vira pó nem no tempo nem no espaço!

Feliz devemos ficar quando um só consegue se livrar desse monstro!
Pois, quando um só se eleva, eleva o mundo!!

Que Deus nos guie e seu Arcanjo Rafael nos cure de todos os males!
Amém!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Bom Velhinho - Escrito em 25 de dezembro de 2007

A grande maioria das pessoas quando adultas deixam para trás a esperança e a fé na existência desse velhinho tão bondoso e caridoso. Digo velhinho porque há muito tempo ele baixou cá neste planeta de provações, há mais de 2000 anos atrás, e antes disso também. Contudo, esse velhinho tem uma energia incansável e renovada a cada momento de gratidão da pessoa lembrada e presenteada.

Essa descrença surge por diversos fatores, o qual o mais corriqueiro é o fato da criança só conhecer Papai Noel fantasiado e os presentes de Noel que vem dos próprios pais. Esse laço familiar estreito é restritivo desse sentimento natalino, pois antes de tudo o pai dará a vida pelo filho que ama. Como acontece com as drogas entorpecentes, que são divulgadas como apenas um monte de coisas ruins que ninguém deve se aproximar. Caso a abordagem pedagógica fosse pela realidade, os resultados seriam extremamente mais satisfatórios. Um jovem que aprende de forma convencional nos tempos atuais, quando se depara com o entorpecente e aprende que ele dá certo prazer (embora efêmero) que para quem não tem prazer verdadeiro na vida já parece um paraíso divino. Este jovem se entrega ao que ele acredita ser a verdade.

É verdade sim que as drogas são fantasias ridículas daqueles que, como este que vos fala já esteve, estão muito afastados da morada de Nosso Pai Celestial. Assim também é o sentimento equivocado do bom velhinho. Aqueles que deixam de merecer, ou nunca fizeram por merecer, uma boa amizade que o pode agraciar com uma lembrança na comemoração do Natal do Mestre Jesus, nunca acreditarão em Papai Noel, e certamente terão pouco caso com a idéia desse fato.

Importante é ressaltar que não se trata de uma pessoa encarnada ou que já tenha encarnado e sim um sentimento, ou energia, que envolve os mais sensíveis a mergulhar numa esfera de caridade plena abençoada pelo bom velhinho e por Jesus Cristo Redentor. Como explicado em palavras anteriores, a caridade é um sentimento de bem querer ao próximo, sem exceção de proximidade, um bem querer a toda humanidade e planeta. A partir desse sentimento semeado por Cristo há muito tempo, a graça de dar se torna surpreendentemente superior à alegria de receber. E quão é essa diferença que torna possível esse sentimento ser infindo e sempre novo.

Espantoso são as “linhas tortas” em que a Providência Divina relata nossa passagem material. Não se pode negar que muitos presenteiam por obrigação, ou por esperar algo em troca, seja outro presente ou o mérito de presentear. Esses ainda se encontram um pouco longe dos ensinamentos de Jesus e da missão do bom velhinho. A graça maior de presentear ainda não chegou a seus corações.

“Que sua mão esquerda não saiba o que a sua mão direita dá”. Ensinamento trabalhoso, mas gratificante! Não há de se propagar a notícia do doador do presente ou dos presentes caso este (ou esta) faça questão de manter-se no anonimato simplesmente pelo bom grado de presentear sem esperar algo em troca. Para tanto, o bom velhinho surge para que um alvo seja encontrado para ser apontado como instrumento da Providência Divina.

Isso ainda é necessário por nossa atual limitação de aprender os ensinamentos do grande Mestre, e não entender que Deus se serve de tudo e de todos para prover o que deve ser provido a qualquer que seja. Deus não vai contra as leis da natureza, que Ele próprio criou. Ele age de acordo com as coisas em nossa volta, seja um animalzinho, uma planta ou mesmo pessoas. Muitos anjos passam em nossas vidas, principalmente se fizermos por merecer, e não nos damos conta por esperar que um anjo tenha asas e uma auréola. Muitas pessoas encarnadas são anjos da corte celestial que, muitas vezes, até eles próprios desconhecem esse fato. Os motivos desse desconhecimento são os mesmos que fazem nossas memórias de nossas vidas passadas ficarem fora de nossa mente. Todavia, nada é esquecido em nosso espírito e de tudo que passamos há um sentimento em nosso coração, cabe a nós escuta-lo e compreende-lo. É a Sabedoria Divina!

Que o bom velhinho nos abençoe e reflita sua caridade em nossos corações!

Amém!

domingo, 22 de junho de 2008

O KARMA



Uma frase que nenhum crente em Deus desacredita, pelo menos não publicamente, é que "Deus é perfeito".

Definir Deus é, não quase, mas totalmente impossível para nós, seres tão limitados em nossos pensamentos, falas e formas de expressar e perceber a realidade. Seria como uma formiga querendo definir o universo. É uma coisa que foge a nossa capacidade. É muito além de qualquer lugar que pudéssemos imaginar.

Assim sendo, a completa perfeição e grandiosidade daquilo que sempre foi é inancansável para meros seres encarnados. Todavia, as leis da natureza, as quais são a mais perfeita expressão de Deus neste planeta, são totalmente pássiveis de estudo, conhecimento e compreensão.

Mesmo sendo tangíveis, não quer dizer que se tornam fáceis de entender, muito menos de explicar. A completa compreensão das leis da natureza significa o que podemos chamar, de forma simplória, de iluminação.

Dentro dessa discussão, uma lei infalível e que rege tudo o que vivemos, sofremos e recebemos é o que no espiritismo e em outras linhas orientais se chama de karma; e na física se chama de terceira lei de Newton, lei da ação-reação.

Quando ainda ferrenhamente aprisionado nos dogmas da Igreja Católica, palavras como karma, reencarnação e outras, para mim, soavam como coisas do "demônio". Assim fui levado a pensar, o que realmente não acrescentou nada em minha evolução. Agradeço imensamente tudo que aprendi nos estudos católicos, inclusive as pessoas que me ensinavam coisas erradas (pois sei que era com uma boa intenção em suas mentalidades). Ainda hoje gosto muito de ir à missa. É um ritual cheio de simbologia e, se entendido em seu lado oculto, ensina muito sobre a passagem da alma no ciclo de samsara.

Bem, deixando o passado passar e voltando ao assunto em questão, a lei infalível de Deus, as leis deixadas na natureza, como a gravidade, os ciclos, o karma, é a forma de entendermos o que Deus quer para nós. O grande professor não é aquele que dá os peixes, mas o que ensina a pescar.

Deus, em sua infinita bondade, não quer nos colocar em um inferno permanente, ou nos castigar por termos desagradado Sua vontade. Ele quer que aprendamos a sermos Sua imagem e semelhança.

O karma em si, não é bom nem ruim. Simplesmente é. É uma lei infalível e imparcial. Através de seu estudo, conseguimos aprender que toda ação gera uma reação. Tudo o que fazemos tem uma consequência. Tudo o que pensamos tem uma resposta. Seja bom ou ruim. Nem mais nem menos, mas em proporção perfeitamente igual.

Não é admissível culparmos Deus por nos machucarmos ao cairmos de um penhasco. Se caimos, nos machucamos. A culpa não é de Deus. Também não podemos realizar jogarmos uma pedra de cima do penhasco e ela ficar flutuando. Não faz sentido Deus burlar as leis que Ele mesmo criou.

O que recebemos, sempre é por nossa culpa. Isso jamais, em nenhuma verdadeira religião, foi ordem de conformismo. O Mestre nos entrega seus talentos para que os multipliquemos e não para os enterrarmos.

Todas as vezes que encarnamos, é para correr atrás do que nós mesmos amarramos para nossa viagem em nosso calcanhar. Temos que trabalhar, depurar nossas vontades altamente egoístas, para que fiquemos mais leves e possamos chegar mais alto.

Quando recebemos algo que não gostamos em nossa vida, logo nos passa a idéia "só pode ser karma", calculando ser um castigo por algo ruim que tenhamos feito em outra vida. Grande erro comete aquele que permanece com esse pensamento. Certo é que tudo é devido ao karma, mas o karma não é nenhum carrasco que vem cobrar o que devemos. Ele simplesmente é a garantia que temos um Professor que nos ama, e muito!

Iríamos culpar a gravidade pelos machucados ao cairmos do penhasco?


Quase todo espírito que se dispõe a descer novamente à Gaia é por vontade própria, para espiar as suas falhas, que é posta para nossa avaliação quando estamos desencarnados, livres das amarras da ilusão da matéria densa (como é a nossa).



Um pedreiro pode colocar um tijolo por dia em sua casa. A obra estará pronta, mais cedo ou mais tarde. O mesmo pedreiro também pode trabalhar ardentemente para que a obra fique pronta o quanto antes, podendo até solicitar auxílio para seu propósito. Independente do ritmo da construção, a loja fornecedora de material estará aberta todos os dias, normalmente, eternamente. Dependerá apenas da vontade, do empenho e do suor do dono da construção.



Para aqueles que tem a visão mais além, torna-se fácil a decisão. É necessário curar, tratar, resgatar o máximo de pendências a cada encarnação, para que a Glória Eterna, o Reino Celestial, o Céu, ou seja qual for o nome dado, seja alcançado o quanto antes.

Em verdade, o Céu é sempre o ponto mais alto que podemos alcançar de acordo com nossas limitações.

Cada um em seu ritmo, conforme a sua escolha e seu trabalho, chegará ao início de tudo, ao Pai Supremo. Sem exceção, mais cedo ou mais tarde, todos chegarão. Uns antes, outros depois, mas todos alcançarão.

Somente um deus tribal faria um paraíso onde apenas uns preferidos entrariam. O Verdadeiro Deus, é Pai de todos, sem exceção.

A porta dos Céus é estreita porque deixar o ego inferior para trás, literalmente e não apenas em nossa mente, é um trabalho árduo, que não é para muitos.

A maioria irá pelo caminho plano, com porta larga, que demora muito mais, e por isso, tem muito mais pedras pelo caminho (sendo muito maior o karma a ser trabalhado portanto). Poucos terão força de vontade e capacidade para escalar a montanha pelo caminho íngrime, espinhoso e difícil, por onde pode-se chegar ao destino final mais rápido, mas não com menos trabalho.

Para uma facilidade no aprendizado, devemos enxergar o karma não como punição, mas como prova do amor de Deus para conosco. Assim, tornar-se-ão mais eficazes as nossas lições. Assim digo, porque assim aprendi. Não tenho dúvida que quando sofremos, se não reclamamos, mas recebemos com resignação o que merecemos, alcançamos o propósito do ensinamento. Mas quando sofremos sem parar de reclamar, seria como querer assar um bolo sem parar de abrir o forno.

Mesmo não sabendo ainda o gosto final do bolo, se não abrirmos o forno e aguentarmos o tempo e o procedimento adequado, com fé na receita, teremos ao final um bolo bonito e vistoso para nós mesmos e para nossos convidados.

Que Deus nos abençoe, nos dê força e abra nossos olhos!

sábado, 21 de junho de 2008

O Começo - parte II

Ontem, com o tempo meio escasso, deixei de registrar alguns pontos de vista que creio serem importantes para futuras reflexões (e para eu não me esquecer!).

Não pretendo aqui JAMAIS criticar qualquer ser humano ou ser vivente neste planeta, pois isso cabe somente ao Criador Divino, nosso Pai Eterno.
Jesus disse: "Antes de tirar o cisco do olho de teu próximo, retire a trave que há no teu!"

Portanto, antes de qualquer mal dizer alheio, estarei falando de meu próprio comportamento, de minha própria atual encarnação. Escrevendo para minha própria avaliação e meu aprendizado pessoal. Em um sentido tipo I, me and myself.

Também está escrito em São Marcos 4:34: "sem parábolas nunca lhes falava; porém tudo declarava em particular aos seus discípulos".
Ou seja, tudo com um sentido profundo está nas sublinhas. Aquilo escrito pode parecer um absurdo ou paradoxal se examinado por uma mente ordinária; mas, se recebido com as 'chaves' certas, é amplamente compreendido por qualquer estudante.

A falta das chaves corretas é o que ocasionou a forma entediada que o ser humano comum enxerga a Bíblia. É difícil encontrar um ser humano mediano comum que tenha interesse de aprender com a Bíblia, pois é tida como "piegas", cafona, coisa de 'crente'; onde um respeito imposto culturalmente impede um desdenho, mas não existe uma atração verdadeira.

É claro que o estudo dos irmãos protestantes (ou crentes) é muito válido, mas peca enormemente em conceber a Bíblia, principalmente os Evangelhos, como uma narrativa histórica de um único homem, Jesus. Seus relatos nunca foram literais!
Todos os relatos lá contidos são ensinamentos profundos da evolução da alma e do espírito.
Quando entendidos em seu sentido oculto, trazem a verdadeira Luz Crística para dentro do leitor.

Poderia devagar aqui horas sobre o pouco que já aprendi. Mas dentro desse pouco que já aprendi, está que poucas palavras bem ditas são melhores do que muitas mal explicadas.

"Mais valem poucos minutos bem vividos do que muitas horas mal aproveitadas!" Como certa vez ensinou-me uma boa amiga.

Rogo a Deus que o Mestre nos ajude a cumprir nossa missão!

Amém!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O Começo deste blog

Nascido em Brasília aos 21 dias do mês de agosto de 1981, venho parar nas sagradas terras do Acre em junho de 2006.

Desde criança fui levado a escrever para mim mesmo. Algo como registrar meu crescimento, ou simplesmente devagar sobre meus pensamentos.

É interessante reler atos e fatos após anos de acontecido. Nos mostra como somos diferentes a cada ciclo que se passa.

Uma espécie de diário secreto tenho guardado, o qual somente minha amada esposa Juliana teve e terá acesso. Muitas coincidências rondam esse caderninho que guarda muito do meu verdadeiro "eu". E algumas delas definitivamente levaram a esse simples ser que sou a ter certeza que escrever é muito bom. Mesmo que não haja leitor algum interessado em minhas singelas palavras.

Há algum tempo tenho escrito no computador, já que findaram as páginas de meu pequeno caderno, amigo e confessor. Contudo, nessa era digital, o blog se mostrou mais eficaz para minha intenção.

Com a inundação de blogueiros, tenho a certeza que este será pouco visto ou visitado (ou até nunca visto por ninguém!), o que me deixa tranquilo, pois falar para muitos é algo que exige um certo preparo. Mesmo assim, acho que dar-me-á certo ânimo para escrever, ver uma boa apresentação de minhas palavras e a possibilidade de escrever a partir de qualquer computador.

O tempo é escasso e a vontade é grande. Contudo, a obrigação deixa de ser ferrenha para se tornar um prazer escrever e registrar certos aprendizados.

A foto acima é uma flor de jagube (Banisteriopsis caapi) tirada ainda quando morava em Brasília, no Centro Livre Divina Luz, de meus queridos padrinhos Daltro (já no plano astral) e Conceição.

O nome do blog faz referência a um hino que recebi.

Já que o tempo das obrigações um tanto menos prazerosas me chama, devo despedir-me por aqui. Creio ter aberto para sempre esse novo trabalho.

Luz e paz a todos na Terra!