quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Bom Velhinho - Escrito em 25 de dezembro de 2007

A grande maioria das pessoas quando adultas deixam para trás a esperança e a fé na existência desse velhinho tão bondoso e caridoso. Digo velhinho porque há muito tempo ele baixou cá neste planeta de provações, há mais de 2000 anos atrás, e antes disso também. Contudo, esse velhinho tem uma energia incansável e renovada a cada momento de gratidão da pessoa lembrada e presenteada.

Essa descrença surge por diversos fatores, o qual o mais corriqueiro é o fato da criança só conhecer Papai Noel fantasiado e os presentes de Noel que vem dos próprios pais. Esse laço familiar estreito é restritivo desse sentimento natalino, pois antes de tudo o pai dará a vida pelo filho que ama. Como acontece com as drogas entorpecentes, que são divulgadas como apenas um monte de coisas ruins que ninguém deve se aproximar. Caso a abordagem pedagógica fosse pela realidade, os resultados seriam extremamente mais satisfatórios. Um jovem que aprende de forma convencional nos tempos atuais, quando se depara com o entorpecente e aprende que ele dá certo prazer (embora efêmero) que para quem não tem prazer verdadeiro na vida já parece um paraíso divino. Este jovem se entrega ao que ele acredita ser a verdade.

É verdade sim que as drogas são fantasias ridículas daqueles que, como este que vos fala já esteve, estão muito afastados da morada de Nosso Pai Celestial. Assim também é o sentimento equivocado do bom velhinho. Aqueles que deixam de merecer, ou nunca fizeram por merecer, uma boa amizade que o pode agraciar com uma lembrança na comemoração do Natal do Mestre Jesus, nunca acreditarão em Papai Noel, e certamente terão pouco caso com a idéia desse fato.

Importante é ressaltar que não se trata de uma pessoa encarnada ou que já tenha encarnado e sim um sentimento, ou energia, que envolve os mais sensíveis a mergulhar numa esfera de caridade plena abençoada pelo bom velhinho e por Jesus Cristo Redentor. Como explicado em palavras anteriores, a caridade é um sentimento de bem querer ao próximo, sem exceção de proximidade, um bem querer a toda humanidade e planeta. A partir desse sentimento semeado por Cristo há muito tempo, a graça de dar se torna surpreendentemente superior à alegria de receber. E quão é essa diferença que torna possível esse sentimento ser infindo e sempre novo.

Espantoso são as “linhas tortas” em que a Providência Divina relata nossa passagem material. Não se pode negar que muitos presenteiam por obrigação, ou por esperar algo em troca, seja outro presente ou o mérito de presentear. Esses ainda se encontram um pouco longe dos ensinamentos de Jesus e da missão do bom velhinho. A graça maior de presentear ainda não chegou a seus corações.

“Que sua mão esquerda não saiba o que a sua mão direita dá”. Ensinamento trabalhoso, mas gratificante! Não há de se propagar a notícia do doador do presente ou dos presentes caso este (ou esta) faça questão de manter-se no anonimato simplesmente pelo bom grado de presentear sem esperar algo em troca. Para tanto, o bom velhinho surge para que um alvo seja encontrado para ser apontado como instrumento da Providência Divina.

Isso ainda é necessário por nossa atual limitação de aprender os ensinamentos do grande Mestre, e não entender que Deus se serve de tudo e de todos para prover o que deve ser provido a qualquer que seja. Deus não vai contra as leis da natureza, que Ele próprio criou. Ele age de acordo com as coisas em nossa volta, seja um animalzinho, uma planta ou mesmo pessoas. Muitos anjos passam em nossas vidas, principalmente se fizermos por merecer, e não nos damos conta por esperar que um anjo tenha asas e uma auréola. Muitas pessoas encarnadas são anjos da corte celestial que, muitas vezes, até eles próprios desconhecem esse fato. Os motivos desse desconhecimento são os mesmos que fazem nossas memórias de nossas vidas passadas ficarem fora de nossa mente. Todavia, nada é esquecido em nosso espírito e de tudo que passamos há um sentimento em nosso coração, cabe a nós escuta-lo e compreende-lo. É a Sabedoria Divina!

Que o bom velhinho nos abençoe e reflita sua caridade em nossos corações!

Amém!

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