sábado, 3 de outubro de 2009

Que a Paz de Deus nos acompanhe

Movido pela Luz de uma Lua quase cheia, e com saudades de expressar o meu verdadeiro eu em uma conversa comigo mesmo, venho hoje, nas santas horas que são, registrar mais uma fagulha da minha viagem ao destino final.

Como tantas outras vezes nos derradeiros anos, o que me impele a escrever é a vontade de desabafar. Como esperar que um estudante universitário tenha paciência com uma aula de um aluno secundário?

Lembro-me uma situação que, chegando pela primeira vez em uma igreja aqui no Acre, as crianças da comunidade não acreditaram que eu fosse o dono do carro que possuíra à época. Talvez por pensarem que eu era novo demais, ou não fosse merecedor de tal bem. Muito se assemelha às situações que me vem trazendo certo incômodo social.

“Antiguidade não é riqueza, antiguidade não é saber. De que serve antiguidade se não sabe compreender?”.

Que o Divino perdoe minha ignorância e minha prepotência. Mas não consigo compreender tais situações além de testes (simples, mas árduos) de paciência com o próximo.

Claro que o que enxergamos de “erro” no próximo está bem evidente em nós também. Ou será que esses escritos não fazem parte de um desejo subconsciente de falar de mim mesmo para os outros, enaltecendo vantagens e colocando-me como um estudante mais avançado? Sinceramente, escrevo com a vontade de aprender comigo mesmo. Mas sei que tenho esse desejo humano de auto-promoção enraizado no meu ego.

Por isso, penso que voltarei a escrever em papel, onde só eu terei acesso. Assim, poderei abrir meu coração novamente sem essa sombra egóica me perseguindo.

Muita falta sinto de certo Gnomo que conheci em uma linda floresta.

Os passos estão sendo dados, mais leves graças a São Francisco das Chagas e a uma Menininha da Luz. Yogananda tem ajudado bastante a alimentar minha fé.

Momentos como antes, com grande vontade de escrever, mas sem tempo para tal atividade, voltaram. Um pouco escassos ainda, mas já com certa freqüência. Acredito ser um ótimo sinal.

A vaidade parece estar mais controlada, apesar de ainda ser um risco sempre presente.

Humildade. Humildade! Dai-me humildade óh Santo Anjo Gabriel!


“Quem ama Jesus Cristo, não fala do seu irmão...”


Pelo sinal da Santa Cruz

Livrai-nos Deus Nosso Senhor

Dos nossos inimigos

Amém.

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