sábado, 30 de agosto de 2008

REFLEXÃO NOTURNA



Na senda espiritual, uma prática indispensável é a reflexão noturna sobre nossos atos durante o decorrer do dia. Infelizmente, ainda não é um exercício habitual para mim. Mas já venho praticando mais do que antes, quando nem lembrava de tudo o que tinha feito.

Esse tipo de ‘meditação’ reflete o que encontramos em outros caminhos a percorrer, como no sacramento da confissão na igreja católica romana, ou até em um dos 12 passos na cura de adictos, no qual o candidato à cura deve se retratar com todas as pessoas a quem já magoou por causa de seu vício.

Em minhas raras reflexões noturnas, tenho notado que me arrependo na maioria das vezes de coisas que falei e não deveria ter falado. As outras ‘confissões’ que eu faço são momentos de falta de paciência, compreensão, sabedoria ou fé, em ocasiões que eu deveria ter sido o ser humano que imagino e luto para ser, e não ter deixado meus impulsos inferiores dominarem o meu verdadeiro Eu.

Hoje, a essas horas, venho registrar para meu próprio estudo, um ensinamento relativamente antigo, de grande utilidade, e que deve ser sempre lembrado. Esse ensinamento sim pode ser considerado uma ‘fórmula mágica’, que sempre funciona para não nos arrependermos de certas falas cotidianas. É bem simples: antes de falar, devo passar tudo o que será falado por três crivos: VERDADE, BONDADE e NECESSIDADE.

1)VERDADE – O que vou falar é verdade? Eu que vivi, vi ou ouvi? Ou é coisa que ouvi falar de outrem?

2)BONDADE – O que vou falar é bom? Será um assunto agradável? Um assunto elevado aos olhos do espírito?

3)NECESSIDADE – O que vou falar é realmente necessário? Preciso falar isso? Ou não fará diferença? A diferença será para o bem? É útil?

Passando por esses crivos, tudo deve ser falado. Caso contrário podemos nos arrepender de não ter falado... À primeira impressão, pode parecer que a vida normal ficaria um tanto quanto silenciosa, mas é um ledo engano. As palavras teriam muito mais valor e poder caso não fossem desperdiçadas ao vento.

É como em alguns jogos virtuais: a energia da magia diminui tanto quanto for o poder utilizado pelo herói, necessitando esse de algum tempo para recuperar a força da magia. Assim, são nossos poderes latentes. Certamente em um grau muito mais complexo. Mas também perdemos nossa força em nossos poderes se os utilizamos a toda hora. E não vale a pena gastar nossa energia no que não é verdade, já que somos buscadores da verdade; não vale a pena gastar energia no que não é bondade, já que buscamos a Deus que é todo bondade; e não vale a pena gastar energia no que não há necessidade, já que podemos guardar essa energia para o que for realmente necessário.

O silêncio é um grande mestre. Através dele chegamos ao nosso dEUs! E o silêncio é a melhor resposta em muitas situações.

Através do silêncio, nós resguardamos nosso chakra da fala. Através desse exercício, nossas palavras terão muito mais valor, levarão muito mais do verdadeiro amor, da sabedoria divina.

IAÔ
IIIIIIIIIIIIIIIAAAAAAAAAAAÔÔÔÔÔÔÔÔ

Que o princípio, o meio e o fim estejam conosco!
Amém!

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