sábado, 30 de agosto de 2008

Tempo

Não sei até que ponto procede certa teoria que soube há muitos anos atrás, mas hoje acredito nela mais do que nunca. Essa teoria (não sei o autor) é totalmente psicológica.

Ela diz que o tempo é maior para as crianças devido ao referencial que elas têm de tempo. Por exemplo, uma criança de 5 anos acha que um mês é muito tempo, já que todo tempo que ela conhece são 60 meses.

Por saber que somos espíritos muito mais velhos do que imaginamos, não tenho como defender fielmente tal teoria. Todavia, com 27 anos, essa explicação começa a fazer muito mais sentido.

Em plenas férias, o tempo parece não dar trégua! Não há tempo para tudo... Queremos fazer muito mais do que estamos fazendo... E ainda, se não fosse pedir muito, gostaria de descansar mais... Mas cadê o tempo?

Hoje faz muito mais nexo para mim as declarações que há muito se ouvem que “o dia deveria ter mais horas”.

Faz-se necessário afirmar enfaticamente que não deveria ter mais horas, tudo é perfeito! Ou não tem aqueles dias que damos glórias por ele ter chegado ao fim?

É acelerar o passo e correr pro abraço! Ou pro beijo...

Salve a Perfeição Divina!
Salve a Sabedoria Celeste!

Amém!

REFLEXÃO NOTURNA



Na senda espiritual, uma prática indispensável é a reflexão noturna sobre nossos atos durante o decorrer do dia. Infelizmente, ainda não é um exercício habitual para mim. Mas já venho praticando mais do que antes, quando nem lembrava de tudo o que tinha feito.

Esse tipo de ‘meditação’ reflete o que encontramos em outros caminhos a percorrer, como no sacramento da confissão na igreja católica romana, ou até em um dos 12 passos na cura de adictos, no qual o candidato à cura deve se retratar com todas as pessoas a quem já magoou por causa de seu vício.

Em minhas raras reflexões noturnas, tenho notado que me arrependo na maioria das vezes de coisas que falei e não deveria ter falado. As outras ‘confissões’ que eu faço são momentos de falta de paciência, compreensão, sabedoria ou fé, em ocasiões que eu deveria ter sido o ser humano que imagino e luto para ser, e não ter deixado meus impulsos inferiores dominarem o meu verdadeiro Eu.

Hoje, a essas horas, venho registrar para meu próprio estudo, um ensinamento relativamente antigo, de grande utilidade, e que deve ser sempre lembrado. Esse ensinamento sim pode ser considerado uma ‘fórmula mágica’, que sempre funciona para não nos arrependermos de certas falas cotidianas. É bem simples: antes de falar, devo passar tudo o que será falado por três crivos: VERDADE, BONDADE e NECESSIDADE.

1)VERDADE – O que vou falar é verdade? Eu que vivi, vi ou ouvi? Ou é coisa que ouvi falar de outrem?

2)BONDADE – O que vou falar é bom? Será um assunto agradável? Um assunto elevado aos olhos do espírito?

3)NECESSIDADE – O que vou falar é realmente necessário? Preciso falar isso? Ou não fará diferença? A diferença será para o bem? É útil?

Passando por esses crivos, tudo deve ser falado. Caso contrário podemos nos arrepender de não ter falado... À primeira impressão, pode parecer que a vida normal ficaria um tanto quanto silenciosa, mas é um ledo engano. As palavras teriam muito mais valor e poder caso não fossem desperdiçadas ao vento.

É como em alguns jogos virtuais: a energia da magia diminui tanto quanto for o poder utilizado pelo herói, necessitando esse de algum tempo para recuperar a força da magia. Assim, são nossos poderes latentes. Certamente em um grau muito mais complexo. Mas também perdemos nossa força em nossos poderes se os utilizamos a toda hora. E não vale a pena gastar nossa energia no que não é verdade, já que somos buscadores da verdade; não vale a pena gastar energia no que não é bondade, já que buscamos a Deus que é todo bondade; e não vale a pena gastar energia no que não há necessidade, já que podemos guardar essa energia para o que for realmente necessário.

O silêncio é um grande mestre. Através dele chegamos ao nosso dEUs! E o silêncio é a melhor resposta em muitas situações.

Através do silêncio, nós resguardamos nosso chakra da fala. Através desse exercício, nossas palavras terão muito mais valor, levarão muito mais do verdadeiro amor, da sabedoria divina.

IAÔ
IIIIIIIIIIIIIIIAAAAAAAAAAAÔÔÔÔÔÔÔÔ

Que o princípio, o meio e o fim estejam conosco!
Amém!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

RELACIONAMENTO

Hoje passeando de férias aqui em minha terra natal (um conceito nada evoluído, já que nada é meu...), tive um insight interessante.
Os relacionamentos entre nós, seres humanos, seres em evolução, é tão melhor quanto maior for nossa identificação com o próximo.

Devemos tratar a todos como amigos! Não devemos olhar o outro como se fosse desconhecido e tampouco deveríamos deixar amigos conhecidos fazerem conosco o que não deixaríamos algum "amigo desconhecido" fazer.

É certo que deve-se retirar dessa analogia qualquer situação de intimidade, o que deve ser preservada ao máximo para o maior benefício de todos.

Cito isso nos casos e atos cotidianos, na rua, no conversar, no olhar, no tratar...

Com o carro estacionado, aguardando minha mãe, um caminhão estacionou na minha frente, muito próximo. Eu tinha duas opções: 1- Ficar parado e achar ruim do caminhão não ter parado mais distante para não correr o risco de danificar o carro que eu estava quando começasse a descarregar; ou 2- Eu tratar o motorista do caminhão como meu amigo, e recuar um pouco de marcha a ré, não me chateando e achando o fato normal.

Bem, é claro que, se eu tivesse escolhido a primeira alternativa, não estaria escrevendo essas singelas palavras. A situação foi bem simples, mas trouxe um insight bem legal. Refleti sobre muitos dos contatos que fazemos com os "desconhecidos" na rua e vi que muita briga e dor de cabeça seriam evitadas se tivéssemos isso em pensamento a todo o momento.

Sou um pequeno aprendiz, com pouca capacidade de ensinar, mas com uma vontade tamanha de depurar minha matéria.

Fica evidente em diversos momentos no meu caminhar que não consigo transmitir em palavras o que penso e o que aprendo. Contudo, a esperança é persistente e devo continuar tentar expressar o caminho que estou traçando.

Um exercício muito prático é, antes de estabelecer o contato com o "desconhecido" ser humano, eu projetar nele a imagem de um parente distante. Talvez não funcione para todos, e claro não será nenhuma fórmula mágica. Mas, pensando que o atendente da padaria, o jornaleiro, ou qualquer outro 'ser em evolução' que nos deparamos é um parente que, apesar de não termos intimidade, amamos aquela pessoa como uma pequena parte de nós mesmos.

Sentir é muito mais complexo do que pensar. E pensar é muito mais abrangente do que falar. É difícil descrever todo o insight com tão pouca experiência mística como a minha, mas o aprendizado continua.

E viva a Paz!!

Hare Krishna! Krishna Krishna Hare Hare!

domingo, 17 de agosto de 2008

Existe uma linha divisória, que muitas vezes é imperceptível, entre fé e crença. Simplificando os conceitos, a fé é o conhecimento da verdade; enquanto a crença é acreditar como sendo verdade o que foi passado por outros.

A crença dá força e conforto. Mas a fé move montanhas!!!

Uma pessoa com pouca crença, ou nenhuma, é muito cética. E não conseguirá interagir com anjos e mestres que vêm nos ensinar o caminho. E uma pessoa sem fé vive em um mundo de escuridão sem nexo ou sentido real para a vida.

Quando pensamos que somos esses corpos que habitamos momentaneamente, certamente poderemos ter crença em Deus. Contudo, nunca saberemos a verdade. Nunca poderemos ter fé em Deus nesse estágio de pensamento.

Como dito no início, ter fé é conhecer a verdade. Como vamos conhecer a Deus se pensamos ser apenas corpos materiais? Como poderemos voar se não temos asas? Como poderemos correr sem pernas? Como poderemos nos aproximar de Deus se não o conhecemos?

Para quem responde de forma sarcástica que podemos voar ‘de avião’, deve ser lembrado que quem voa é o avião e não nós mesmos. Assim também não podemos conhecer a Deus sem fé, quem irá conhecer é apenas aquele que nos fala de Deus...

Deus existe? Existe vida após a morte? “É... acho que sim.” Seria uma resposta daqueles que não sabem o que é a fé. Conquanto, uma pessoa com fé acha esse tipo de pergunta absurda, comparando-a a uma fala de bebê do tipo ‘gugu-dada’, pois mostra um desconhecimento total da verdade.

Quando se conhece a Deus, a fé se torna inabalável. É a diferença entre pensar em Deus apenas nos momentos de orações e rituais e pensar em Deus a todo o momento! Para pensar em Deus nas orações e rituais é muito fácil, basta crer no que é dito. Mesmo assim, muitos nem crer conseguem.

Krishna, um dos tantos nomes para Deus, ensina que quem desencarnar (ou morrer mesmo) pensando nEle se livrará do ciclo de renascimento, de samsara. Quem desencarnar pensando em sua casa, ou seu carro, ficará preso a essas coisas como um tipo de fantasma.

Ora, para se pensar em Deus a todo o momento, só tendo fé na Divina Presença, e fé verdadeira. Não deixamos Deus de lado a nenhum momento quando temos fé. Quando apenas cremos em Deus, achamos heresia pensar em Deus nos momentos sexuais ou de entretenimento. Quando temos fé em Deus, não o colocamos de lado para jogar futebol, namorar ou qualquer coisa.

Falar não é ser. Falar é parecer. Devemos conhecer o nosso coração para saber o que somos. Anunciar que somos ‘atletas de Cristo’ e jogarmos futebol com raiva do nosso adversário ou até do companheiro de time com pouca habilidade é um verdadeiro teatro para si mesmo.

Crer em Deus, mas ter vergonha dEle ou não querer falar sobre Ele quando namoramos é estranho. Se Deus está em tudo e em todos...
Na verdade, temos vergonha de nós mesmos, de nossos pensamentos promíscuos e de nossa entrega aos desejos animalescos da matéria. Aí ficamos com vergonha perante a Luz Divina que nos ensina claramente que somos muito mais que isso que habitamos temporariamente.

Acreditar que Jesus transformou água e vinho, levantou aleijados e curou leprosos não traz a salvação para ninguém. Ao contrário de certos pronunciamentos de certas igrejas que dizem que para se salvar apenas basta ‘aceitar Jesus’, mas essa aceitação deve ser feita ajoelhada dentro da igreja. Bem, é evidente que isso não se trata de fé, mas mera crença.

A crença não é ruim. Definitivamente, crer é uma coisa muito boa. Mas não basta!

Muitos dos irmãos desse planeta crêem em Deus, mas não o conhecem. Quantas fotos vemos nos jornais, ou até mesmo nas nossas ruas, de bandidos, muitos vezes drogados, com um terço no pescoço? Não digo que eles não deveriam usar o terço, pelo contrário. Deveriam sim é prestar atenção ao que eles mesmos acham bonito.

Fico triste sim quando vejo uma pessoa com muita crença, mas que se embebeda. Um homem que vai à missa, usa um crucifixo, mas que não é mais forte que uma garrafa de cachaça.

Ter fé é ter força! Ter fé é ter um exército a nosso favor! Ter fé é podermos tudo!

Ter fé é acreditar que tudo o que passamos é porque merecemos. É acreditar que tudo podemos nAquele que nos fortalece! É saber que Deus proverá tudo o que necessitarmos verdadeiramente.

Se sofrermos, é porque merecemos. Se sofremos, é melhor para nós mesmos. Não faço apologia ao sofrimento, mas à aceitação dele. Muito menos faço apologia ao conformismo. Devemos com todas as nossas forças trabalhar para merecer o Reino dos Céus.

Fé em Deus é viver feliz! No sofrimento ou na felicidade, na miséria ou na fartura. Quando se tem fé, a luz de Deus preenche nosso coração.

Quando se tem fé, não se necessita de muletas.

Ter fé faz a diferença entre ‘eu vou conseguir!’ e “será?”.

Somos todos homens de pouca fé nesse planeta. Mas, nem por isso devemos deixar de acreditar, deixar de trabalhar, deixar de louvar e agradecer. Quando a fé banha nosso ser, não temos dúvida se Deus está a nosso favor ou quer nos punir. Sabemos o caminho a seguir com gratidão e afinco. Quando temos fé, não achamos que sofremos mais que os outros. Muitos menos invejamos os outros por sofrerem menos que nós.

Quando temos fé, alegramo-nos com o raiar do dia e também com o chegar da noite.

Que a fé ilumine os nossos passos!
Homini Pax!
Amém!

MEDITAÇÃO E SUPERCONSCIÊNCIA



Quando o ensinamento é puro, encontramo-lo descrito em qualquer linha espiritual. Os ensinamentos védicos são maravilhosos. Assim como os cristãos e todos os outros que trazem consigo a Luz Divina. O ensinamento puro, fora de preconceitos e dogmas, é a chave para a evolução verdadeira.

Um livro que li recentemente, o qual dá o título desse escrito, ensinou-me um pouco mais e gostaria de compartilhar o ensinamento abaixo:

“Passamos por diferentes fases em nossa vida – o conceito corpóreo de vida, o conceito mental de vida, o conceito intelectual de vida e o conceito espiritual de vida. Na realidade, estamos interessados no conceito espiritual de vida. Aqueles que são seduzidos pelo efeito corpóreo não passam de cães e gatos.”

“Devemos compreender que eu não sou ‘este corpo’ como Krsna quis convencer Arjuna no começo de seu ensinamento no Bhagavad-gita: ‘Antes de mais nada, tenta compreender o que és. Por que estás te lamentando no conceito de vida corpórea? Tens de lutar. Decerto terás de lutar contra teus irmãos, cunhados e sobrinhos, e estás te lamentando. Mas, antes de mais nada, analisa se és o corpo ou não.’ Esse é o começo do Bhagavad-gita. Krsna tentou fazer Arjuna compreender que ele não era o corpo. Esta instrução não era exclusivamente para Arjuna, mas para todos. Antes de mais nada, temos que aprender que ‘eu não sou este corpo’, que ‘sou alma espiritual’. Esta é a instrução védica.”

A.C. BHAKTIVEDANTA SWAMI PRABHUPADA
Fundador-Acarya da Sociedade Internacional da Consciência de Krishna


AAUUUMMMM

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

NÃO ALIMENTE O SEU INIMIGO


Um aprendizado simples, que já está semeado por todo o mundo, é a velha história da luta do bem e do mal dentro de nós mesmos. O anjo bom e o anjo negro. O cachorro do bem e o cachorro do mal. Ambos estão dentro de nós ininterruptamente, a todo momento. Qual cachorro prevalecerá na briga? A resposta é muito simples: aquele que mais alimentarmos!

É incrivelmente ordinário como nos iludimos com os véus das nossas próprias ilusões! As formas-pensamento que geramos ao nosso redor criam véus que são tão mais densos quanto for a nossa convicção nessas ilusões.

Cristo ensinou em Mateus (5, 28): "Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela em seu coração." Madame Blavatsky também lembra em A Chave para a Teosofia (página 127) que "Um pensamento é muito mais poderoso na criação de resultados danosos do que um ato." E muitos outros ensinaram essa grande máxima. Nossos pensamentos são capazes de muito além do que a humanidade é capaz de entender.

Trigueirinho, no livro A Formação de Curadores (ed. Pensamento), ensina-nos a purificar nossos aparelhos justamente com a ordem de "não alimentar os inimigos". Isso me fez lembrar de uma história de minha adolescência.

Pensava eu ser muito adiantado no caminho do céu (que naquela época passava longe de compreender que é um caminho inevitável ao nosso início), pois o que via e presenciava ao meu redor era muito mais negro do que qualquer coisa que se passava por dentro de mim. Ou, pelo menos, na minha mente (que mente muito!).

Em uma conversa com meu irmão de sangue, ele solta a máxima que perambulava em minha mente: "Se eu for para o inferno, mais da metade do mundo vai!". Bem, isso nos dava um conforto e uma comodidade pessoal para não almejarmos uma evolução real, já que éramos melhores do que a metade do mundo, pelo menos. Na época, apesar de ser o que sentia por dentro, ainda cheguei a criticar meu irmão, dizendo que não deveria pensar assim. Mas por dentro, eu era igual...

Essa ilusão que tanto se fala durante os ensinamentos espirituais é muitas vezes o puro auto-engano que fazemos para nos dar um conforto, mas retardar nossa jornada. Como nesse relato, muitas vezes criamos um véu para confortar nosso sofrimento, nossa ansiedade, ou simplesmente disfarçar nossa mediocridade em buscar algo superior, o que é nossa obrigação nesse planeta.

Pensamos com nós mesmos que fazer o que estamos fazendo é o certo, já que a maioria faz. Ou não fazer não é problema, já que seguimos o pensamento da maioria... Será que trair é certo só porque somos homens? Bem, quando nos parecemos mais com os animais, creio ser o certo, já que biologicamente a função de procriar exige uma troca excessiva de genes e a maior possibilidade de gerar descendentes possível.

Será que é certo sermos "malandros" (termo com um novo conceito para mim desde uma conversa com uma boa amiga) e nos apropriarmos de coisas alheias ou pegarmos sempre a melhor parte não interessando os demais, em uma total falta de parcimónia? Bem, se pensarmos como seres capitalizados e globalizados, creio que sim, já que a meta de qualquer negociante é obter o máximo para si, ou ainda, obter mais que os outros que o rodeiam...

Agora, para aqueles que já despertaram para algo mais verdadeiro, mais elevado, seria desnecessário afirmar que são atitudes retrógradas.

Ainda não aprendi direito essa lição. Em meu íntimo, confesso que os pensamentos ainda fogem do controle, raras vezes, mas mais vezes do que posso admitir. E por não ter aprendido com perfeição, não deveria estar ensinando. Pois já ensinou meu Padrinho, Mestre e Senhor: "Aprender com perfeição, para poder ensinar!".

Todavia, já sou capaz de ter esse discernimento e compreender muito do que as formas-pensamento que faço surgir acarretam para o meu caminho. Posso dizer que não é muito bom. Imagine um viajante carregando pedra na cabeça. Seria mais confortável caminhar com menos peso, não? Mas aquele viajante que não se dá conta do peso desnecessário fará a viagem do mesmo jeito, a passos mais lentos e com menos facilidade, mas fará.

É como naquela brincadeira de criança que colocávamos uma folhinha (ou outro objeto) na cabeça do amigo e ficávamos cantarolando em tom provocativo: "Meu burrinho carrega carga sem sentido..." E repetíamos até que o 'burrinho' se desse conta do que levava. Nunca vi ninguém retirar a 'carga' sem, pelo menos, duas repetições. E ninguém gostava de ser o 'burro' da vez.

Assim também, quando descobrimos que carregamos 'carga sem sentido' que nós mesmos criamos, ficamos aborrecidos com nós mesmos se recaímos nos mesmos erros. Quem não percebe, continua a encher sua bagagem com carga sem sentido. Mas quem já descobriu, redobra a atenção para não 'dar uma de burro' (excluindo aqui qualquer alusão literal ao animal chamado burro, que é muito útil e esperto por sinal!).

Não entro no mérito de falar ou agir. Tratei apenas da questão (um tanto mais avançada) do sentir, do pensar. É óbvio que se falo uma coisa, é porque já abri a porta para esse sentimento, pois "a boca fala daquilo que o coração transborda".

Então se um homem casado chega para mim e elogia outra mulher, deixando claro seu desejo por ela, é evidente que seu coração está cheio de adultério. E, dificilmente ele resistiria à tentação da traição, já que alimentou bastante seu cachorro negro.

Assim posso dizer e relatar, pois eu já fui esse homem no passado. E, antes de apontar os erros dos outros, estou aqui relatando o caminho de minha evolução. Como já foi dito em publicação anterior.

Tudo já sabemos em nosso espírito, mas a ilusão nos engana. Os anjos de Deus pouco podem fazer quando não agimos de acordo com os nossos ensinos, mas agimos conforme os véus da ilusão. Um anjo diz "poderia dizer para ele não fazer isso, porque não agrada a Deus, mas ele já sabe disso... Poderia dizer para ele rezar que vai ajudá-lo, mas ele já sabe disso..." Por isso somos incompreensíveis na nossa estupidez para os seres de luz, pois não agimos conforme nossos corações e sim conforme nossas mentes.

Exemplos são dados, mas o ensinamento quando é puro vale para a vida.


Vigiai, pois é chegado o tempo da colheita!


Salvem todos os seres de luz que nos acompanham!

Amém!